sábado, 9 de julho de 2011

Clave de sal

O sol disse oi.
Reluzentes raios atravessaram minha janela, que por hoje não se abriu.
As cores refletidas se apagaram diante do poço e da imagem.
Quisera eu jamais tê-la. Jamais tê-la me olhando.

Ele me convidou para o seu mundo, mas os caminhos estão interditados.
Tocou-me em cantigas que não ecoam a sua voz e nem seus dedos.
Dedos anelados pelo símbolo vazio ou incompleto que figura o acaso.
O sal escorre sobre as maçãs. Pela face, me toca tristemente aveludado.
Horas a fio...

Toca-me a triste cantiga das águas, entre espasmos soluçados cheios de dor.
É um poço sem fim.
Sem clave.
Sem letra.
Sem acordes e sem música.
O corpo fica e se arde. As asas queimam e se vão...
Infinitas inglórias serão as cinzas dos dias sem memória, que ainda virão.
"..."

***

3 comentários:

  1. Viagem não... dias que ainda virão...

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  2. Lamentação NÃO... dias que ainda virão...

    POEMA DA LAMENTAÇÃO
    Eu choro
    Eu imploro
    Eu adoro.

    Eu quero
    Eu espero
    Eu desespero.

    Eu vou ao infinito
    Eu grito
    E acho bonito.

    Eu canto
    Eu me espanto
    Eu me encanto.

    Eu acho ruim
    Tenha pena de mim
    É que eu amo. Enfim... (Zizo)

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  3. Déia... Feliz membro da ABBA... Só vc viu!!!
    Só vi suas lindas palavras hj, obrigada! Obrigada tbm pela companhia, nas horas sombrias...
    Bjo no seu coração!!!

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