sábado, 24 de setembro de 2011

Primazia chegada

Ele pode ser um buquê, pode ser um bocado
parece sorrir, parece falar olhado
nessa e n'outra estação
naquela que já foi e n'outra que virá

Outra [...]
transformação
metamorfismo coração

Se assim desejares, ei de tocar
se assim fugires, [não] ei de chorar
se assim morreres, ei de acalentar
se assim nasceres, ei de renovar
---
Deixe ir pela sombra do invernado
Névoa púrpura [...]
acorde dolorido, tatuado
mal cicatrizado
--
Chega-te primavera!
me leva contigo...
[?]

domingo, 18 de setembro de 2011

domingo, 11 de setembro de 2011

Por onde andei?


Na infância de latas nos pés
Risos fáceis e tolos diante da lua
Corre, salta, grita o suor da pele
E se esconde no beco alegre da rua

O ponteiro salta e corre do tempo
Que traz as marcas no rosto
E o caderno de rabisco que despaginou
As latas agora soam música
E tocam o silêncio do brilho que ficou

Nos prometem o caminho em linha reta
Mas não dizem de quem são os pés
Que seguirão a estrada escolhida por eles
Por onde andei?

Se faltar luz, não os perturbe
Se faltar água, não vos chame
Se faltar o gosto, amargue a solidão
E siga pelo caminho dos pés da multidão
Por onde andar?

Se quiseres vida, morra ao menos uma vez
E respire o cuidado de ser o seu espelho
Mas não se afogue na abundância do sentido
E nem rasgue as asas que te levam ao céu

O sonho tanto perseguiu que me encontrou
De tão farto e belo feito pelo tempo escasso
Repentina face estranha de alma vencida
O beco do meu olhar atravessou 
A velha alma de metal distante agora ressuscitou

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Calmaria

Resta pouco para se alegrar
das vestes que recobrem a falta
pouco a que se esperar
pelo que parece ser o bastante
basta ser o que posso
para ser a calmaria de outro dia
Aquela que trouxe o alento
que um dia o seu dia acalmou
mas, que nos dias atuais sua voz gritou
que nada mais lhe trazia
além de tormenta e ventania.