domingo, 30 de outubro de 2011

Um dia depois de tudo

Silenciado.
Acomodou-se como quando não existia,
como no dia de antes daquele que tudo parecia mudar.
Mudou.
Transformou todos os outros dias em prismas,
daquele primeiro.
Suspirou a cada motivo.
Emaranhou-se [me] em seu peito.
Recuado.
Ensaiou em reticências a batida ininterrupta, [in]finita.
Para quem sabe causar [me] um dia
um choque de batimentos cardíacos
e recuperar seu coração.
Ressuscitado, ele circula contido.
Mas ainda, vivo.
No hoje.
Depois de outros dias como aquele, de tudo.
Que foi, mas não se vai...

***
Hoje eu queria poder escrever um outro poema ou uma história.
Eu quis contar um conto, de dois.
Se foi pra quem sabe um dia, ou depois...

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A saudade

Ela sempre chega!
Visita indesejada e constante, que chega nocauteante,
dá sequer pra eu me defender, uma chance!
Chega violenta e toma conta de tudo que é meu.
Rouba minha doçura,
transforma minhas palavras em socos no estômago.
Me faz agredir igual...
Depois ela toma conta do meu peito,
me faz chorar pelas flores que ganhei
e pelo soco que em troca eu dei.
Me faz enxergar o limite próximo do chão.
Eu perdôo sempre, só ela que não !!!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

...

O que será mais infinito?
A vontade...
A saudade...
A dor ...
ou
o AMOR...
[?]
[...]

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

...

Não sou capaz de compreender mais de uma fala ao mesmo tempo. Só consigo ouvir uma de cada vez, pois minha atenção só pode ser dada à apenas uma pessoa, uma história de cada vez.
E a história tem meu coração caminhando com tudo...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Entre dois mundos

Tentando entender as palavras ditas, não consigo encontrar sentido, pois a sensação é que nunca se diz aquilo que se sente, ou diz-se muito pouco, diz-se apenas metade de tudo. Apenas medo.
Diz-se apenas a metade que seduz. A outra metade diz-se pelo silêncio, pelo olhar.

Depois de brigar com a compreensão, como sentir-se pleno com a necessidade do outro, que necessita de ti tanto, pouco?
Necessita tanto, que pouco que lhe faz parecer que você nem precisa existir, tanto.
E te faz pensar que o cansaço chega não pela batalha, mas pela dor de não ter pelo quê lutar.
A soma das horas vazias preenche o dia e se divide entre a saudade, multiplicada pelos risos de segundos. O tempo não espera os ponteiros imaginários do lindo relógio invisível.

E a soma trazida pela memória da vida não vivida segue fria, por deixar que ela continue se dividindo neste reencontro entre duas almas.
Uma delas, soluça por acreditar na vida e se aquece pela solitária chama do amor [re]nascido.
[...]

***


sábado, 8 de outubro de 2011

O tempo...

O tempo não cura tudo.
Aliás, o tempo não cura nada,
o tempo apenas tira o incurável
do centro das atenções.
(Martha Medeiros)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Trampolim

Sobe desce
sirva-se de mim
Alcancei o paraíso
tendo você assim
para as horas nulas
que nunca houve [en]fim

Fostes linda
ao ser meu belo trampolim
[...]

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Blind Melon - Change

Eu não acho que o sol vá sair hoje...
ele ficou lá... Vai encontrar um outro caminho.
enquanto eu sento aqui nessa miséria
eu não acho que algum dia saberei, ó Deus
como é ver o sol daqui.

E oh! enquanto eu desapareço ao longe
eles vão olhar para mim e falar, e então vão falar
"Ei olhe pra ele! Eu nunca viverei desse jeito"
Mas tá tudo bem, só estão com medo da mudança.

E quando você sente que sua vida não vale a pena,
você tem que se erguer, e dar uma olhada em volta, olhar em direção ao céu
e quando seus sentimentos mais profundos estão quebrados
continue sonhando garoto, pois quando você para de sonhar é hora de morrer

E como todos nós somos parte do amanhã
as vezes iremos trabalhar, e outras vezes brincar
mas eu sei que não podemos ficar aqui pra sempre
Então eu vou escrever minhas palavras na face do hoje...
... e eles irão pintá-las

E oh! Enquanto eu desaparece ao longe
eles vão olhar para mim e falar, e então vão falar
"Ei olhe pra ele, e onde ele está agora"
Quando a vida é dura, você tem que mudar...

Quando a vida é dura, você tem que mudar!

domingo, 2 de outubro de 2011

O caminho parece tortuoso, às vezes é só impressão, às vezes é fato.
Podemos decidir quando é um ou outro.
Nada é tão simples que não possa parecer complicado (alguém já disse...).
Enfim, eis o [s] caminho [s].
Às vezes linha reta, poucas curvas, quase estável. 
Flores sem cores, desbotadas pelo tempo.
Outros muitos atalhos, curvas perigosas, ladeiras. 
Decidimos. Desafiar ou não. Desviar ou não. Viver ou não.
Ele [o caminho] surpreende, mas pouco importa.
O sofá é mais confortável, embora não lhe traga o descanso.
O lençol é mais cheiroso, embora deseje sentir o perfume distante.
A água é mais límpida, embora sonhe com a embriaguez do vinho.
Deseja a grama, mas se conforma com asfalto.
Deseja o mar, mas se conforma com concreto.
***
Sonha com o infinito, embora aceite o escrito.

sábado, 1 de outubro de 2011

Quando eu não fui

Não invadi seu mundo
entrei pela porta que me abriu,
mostrou-me seu belo
sua dor
não fui doutor
sou professor.

Era só de passagem... [?]

Esqueceu de me avisar
quando me avistou,
avistava a partida
não me deixava partir
tentei ficar, não pude ir.

Agora não mais precisa
dos meus laços
dos meus cachos.
Já sarou, não dói mais
já pode rir
me pediu pra seguir.

Não invadi seu mundo de solidão
fui convidada pelo seu coração...