E um deles é o erro capital de não admitirmos a verdadeira extensão de nossa ignorância.
Somos, todos, inclinados a superestimar o quanto compreendemos sobre o mundo e a subestimar o papel dos acasos nos eventos que marcam a nossa trajetória.
E acasos são, pela vida, quando erraticamente se navega, os frutos mais comuns que se colhem e degustam.
Frutos que, vezes várias, ou são ácidos ou amargos ou indigestos.
Para eles, não há sal de frutas nem bicarbonato de sódio capaz de amenizar o enjoo, o fastio, o mal estar.
Esses, se os compararmos aos escolhos dos quais o navegador, ao cambar o veleiro, desvia com precisão, são vencidos apenas pela capacidade de, ao se depará-los, cultivar, um pelo outro, carinho.
Eu sei que não é fácil.
Mas viver é, como proclamou o navegante, impreciso."
(a/f)
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